Reportagem
encaminhada pela ex-aluna da Newton Paiva: Janaina Vieira de
Carvalho.
24/04/2012 09h30- Atualizado em 24/04/2012 09h31
Guia de carreiras: pedagogia
Profissional é preparado para saber ensinar.
Apesar dos salários baixos, mercado vai além do trabalho nas escolas.
Andressa GonçalvesDo G1, no Rio
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O pedagogo deixou de ser apenas aquele profissional de educação
que atua dentro das escolas. Apesar de haver um desprestígio da
carreira, do salário não ser atrativo e de cair o número de candidatos
que buscam cursos superiores nesta área, especialistas garantem que o
mercado de trabalho está cada vez mais amplo.
Assista, ao lado, vídeo sobre a carreira
Guia de Carreiras Pedagogia (Foto: Editoria de Arte/G1)
Quem se forma em pedagogia está habilitado a atuar dentro das
escolas. Esta atuação pode envolver a educação infantil, que
corresponde a creches e pré-escola, o magistério nas séries iniciais do
ensino fundamental, que seria do primeiro ao quinto ano, podendo
ensinar matérias pedagógicas em cursos normais e na área de gestão do
colégio, coordenação e orientação pedagógica. Nos espaços
não-escolares, os profissionais também saem habilitados a trabalhar em
ONGs, museus, brinquedotecas, bibliotecas, mídias educativas, pesquisa,
produção de material pedagógico, políticas educacionais e qualquer
espaço que tenha algum tipo de educação envolvida.
A professora e coordenadora do curso de pedagogia da PUC Rio, Zena
Eisenberg, destaca ainda outros campos de atuação. "A gama de
oportunidades é muito vasta, mas a educação à distância é uma área que
está crescendo e requisitando muito a presença de pedagogos. Muitos de
nossos ex-alunos também conseguiram oportunidades fazendo consultorias,
na elaboração de projetos e no setor de RH."
Zena Eisenberg explica que essa procura das empresas por pedagogos
que possam fazer o treinamento do pessoal, é uma saída para quem quer
trabalhar com educação sem se restringir à escola. "Vários alunos
entram aqui e não tem interesse nenhum em trabalhar na escola. O
salário do professor é muito baixo ainda, ele tem sido muito pouco
valorizado. Paradoxalmente, cada vez mais as pessoas, as ONGs, as
empresas, as TVs estão se dando conta da necessidade de uma pessoa que
entenda de didática, de educação, de como transmitir conhecimento. E é
o pedagogo quem sabe fazer isso. Como essa perspectiva salarial é
melhor, os estudantes têm sido atraídos para esses outros espaços."
saiba mais
São necessários quatro anos de graduação para a formação em
pedagogia. A formação completa e preparação pedagógica do profissional
se dá através de quatro metodologias: ciências sociais, matémática,
língua portuguesa e ciências naturais. A partir daí, os alunos passam
quatro semestres completos dentro da escola, fazendo estágios para
poder se habilitar a trabalhar com essas quatro áreas. O objetivo do
curso é preparar a pessoa para que ela trabalhe de forma educativa, com
os materiais e com as pessoas.
As habilidades e competências que um pedagogo tem que ter quando
ele sai do curso estão relacionadas a lidar com o outro de uma forma
educacional. "Se vai trabalhar com criança pequena ou com jovens e
adultos, tem que saber quem é essa criança, como ela aprende, ter
metodologias a mão, entender porque ela ainda não está alfabetizada,
ter embasamento teórico muito grande para poder entender essa interação
e as dificuldades que se apresentam durante essa interação.", explica
Zena.
Sala de aula (Foto: Reprodução/RPCTV)
Desafios da carreira
Zena Eisenberg reforça que o maior desafio para formar bons professores no país, é aliar a teoria e prática. "Historicamente, os cursos de formação de professores no nível normal, no ensino médio, enfatizaram muito a técnica, a metodologia e acabaram encaixotando certas didáticas, que tornaram-se muito automáticas", afirma.
Zena Eisenberg reforça que o maior desafio para formar bons professores no país, é aliar a teoria e prática. "Historicamente, os cursos de formação de professores no nível normal, no ensino médio, enfatizaram muito a técnica, a metodologia e acabaram encaixotando certas didáticas, que tornaram-se muito automáticas", afirma.
"O que eu faço se uma criança chora, se bate, se ela não
acompanha, se faz muito barulho, se atrapalha, são várias as questões
do mundo real da sala de aula principalmente que não são contempladas
quando você está pensando e enfatizando a teoria no curso."
Segundo ela, o baixo salário que não permite a sobrevivência
independente também acaba afastando as pessoas desses cursos. Por isso,
a questão de ir para a escola pública ou particular é uma questão que
divide os estudantes. A escola pública tem a vantagem de ser uma função
estável por depender de um concurso público, já a escola particular
paga bem melhor.
O piso nacional da educação para professores com nível médio é de
R$ 1.451 para 40 horas semanais. Mas a média salarial de quem se forma
em pedagogia varia de estado para estado e município para município. Se
o profissional tem um mestrado no currículo, o valor pode aumentar até
20%.
No Brasil, o pedagogo pode atuar apenas com a graduação, mas a
busca de especializações, cursos livres, pós-graduação podem ajudar a
focar ainda mais na área de escolha, além valorizar a formação.
ADOREI !!!!!!!!!!!!
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