terça-feira, 26 de junho de 2012

Sugestão da aluna Ana Cristina Medeiros

MedCine traz discussão sobre amizade e autismo

O longa-metragem norte-americano Mary and Max (Mary e Max – Uma
Amizade Diferente, na versão brasileira), dirigido por Adam Elliot e
lançado em 2009, será a atração do MedCine na quarta-feira, 27 de
junho. A tradicional sessão de cinema seguida de debate terá início às
18h, na sala 34, andar térreo da Faculdade de Medicina. Após a
exibição, o filme será comentado pelo psiquiatra Humberto Correa,
professor do departamento de Saúde Mental e coordenador da disciplina
optativa Psicopatologia e Cinema.

Baseado em uma história real, a animação narra uma relação de amizade
estabelecida entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle, uma
menina sedentária e solitária de 8 anos, que vive no subúrbio de
Melbourne, e Max Horovitz , um homem de 44 anos que é obeso e judeu e
lida com sua Síndrome de Asperger no caos de Nova York. Mesmo com a
distância e a diferença de idade entre eles, os protagonistas
desenvolvem uma forte amizade trocando correspondências e isso os
motiva a se compreenderem melhor. Em linhas gerais, o filme aborda
questões relacionadas à amizade, ao autismo, ao alcoolismo, à origem
dos bebês, à obesidade, à autoconfiança e às diferenças religiosas,
entre outros assuntos.
Síndrome de Asperger
Segundo o professor Arthur Mello e Kummer, do departamento de Saúde
Mental da Faculdade de Medicina da UFMG, a Síndrome de Asperger é o
quadro mais leve dos transtornos do espectro do autismo. Ou seja, a
síndrome também é autismo. "O autismo é, essencialmente, um transtorno
do desenvolvimento das habilidades sócio-comunicativas. Além disso,
são comuns alguns comportamentos repetitivos ou um padrão de
interesses rígido, por exemplo, saber tudo sobre os dinossauros ou ser
vidrado em palitos de picolé", afirma. O professor acrescenta que, por
ser um transtorno do desenvolvimento, o autismo costuma se associar a
outros problemas do gênero. Mas o prognóstico é melhor quando o
autista desenvolve a linguagem e não tem deficiência mental. "A
Síndrome de Asperger é justamente esse caso: pessoas verbais e com
inteligência normal ou até superior. Elas podem concluir uma
faculdade, fazer doutorado e exercer diversas profissões. Também podem
vir a constituir família e ter filhos. Entretanto, fazem isso com
grandes dificuldades ao longo da vida, visto que suas habilidades
sociais e comunicativas não são perfeitas", completa. Para ele, essas
habilidades podem ser melhoradas com intervenções adequadas, como um
treino desenvolvido por um psicólogo com formação em terapia
cognitivo-comportamental.
MedCine
As sessões do MedCine são gratuitas e ocorrem sempre nas últimas
quartas-feiras de cada mês. O projeto é uma realização do Núcleo de
Apoio Psicopedagógico aos Estudantes de Medicina (Napem), com apoio do
Diretório Acadêmico Alfredo Balena e da Assessoria de Comunicação
Social (ACS) da Medicina.
Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG
jornalismo@medicina.ufmg.br

2 comentários:

  1. Muito interessante, vale a pena todos irmos. Inclusive a faculdade de Medicina da UFMG em parceria com o Napen, está sempre promovendo cines comentados que sempre aborda assuntos de interesse coletivo não só na área da educação mas em outras também.

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  2. Este filme é ótimo. Sensível, delicado e ao mesmo tempo repleto lições de vida.

    Eu recomendo.

    Um abraço,

    Clarice

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